A cidade que amo, abraça a todos, recebe, acolhe. Nem sempre recebe de volta o amor que entrega. E entrega a muitos, que sem parar, todos os dias e de todos os cantos aqui chegam com seus sonhos.
Cidade estrangeira, mistura de homem e terra.
Se hoje a terra que lhe resta é pouca, sobram homens que tenham lhe retirado este vigor.
Mas não a poesia. Não a beleza. Não o calor.
Como mulher mal tratada, aceita os desaforos daquele que mais ama - este homem que habita seu coração e dorme em sua cama, mas não a reconhece.
São Paulo é mulher, perdida em sua masculinidade. Resistente, materna e bela - em toda e qualquer forma.
clicada por: Sylvia Beatrix Pereira
local: Avenida Paulista
horário: 14,46h de uma quarta-feira