segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Espelho


O vento corta a pele, o azul do céu convida o olhar.
Muitos falam, pouco se compreende.
Luzes que cegam e entretém, portas se abrem... vai e vem. Ninguém.
Por todos os lados imagens dobradas, reflexos do que foi e do que será.
Sem espaço para o novo, o que é velho se reinventa.
Aquele que caminha na outra calçada está ao meu lado?
Vejo mas não reconheço. Fotografo, marco, registro.
Por onde olho, tudo se repete em sequências idênticas, lineares e infinitas.
Sentado, pausa para o cigarro. Observa.
A cidade tudo reflete.
O que ouve cala.
E o que sabe, guarda.


Um comentário:

  1. Que lindo Sylvia! Mas espelhos são assim, cheios de antagonismos realistas e inefáveis.
    Bjusss

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