segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre o amor e o tempo

Quando medito totalmente isolado
Sobre diversas coisas de meu passado,
Quando ergo castelos no ar
Vazios de medo e de pesar,
Adulando-me com doces devaneios,
Sinto que o tempo passa ligeiro.
E todas as minhas alegrias comparadas a esta são doidaria
Nada mais doce que a melancolia.
Quando desperto e totalmente isolado
E me lembro de todo o mal praticado,
Meus pensamentos então me tiranizam
E o medo e o pesar me infernizam.
Se me detenho ou me quedo no mesmo lugar,
Sinto que o tempo se move devagar.
The anatomy of Melancholy (A anatomia da melancolia, Robert Burton, 1621)

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