quarta-feira, 30 de junho de 2010
Exercício de pensar
Entrou na sala, procurou um lugar que lhe parecesse confortável e discreto.
Sentou-se.
Poltrona azul escuro, daquelas com braços gordos e acolchoados, sem saber ao certo qual era o estilo, mas reconhecia que havia uma parecida na casa de sua avó. Combinava, e muito bem, com o restante da sala - vários tons de azul, diferentes matizes e texturas, bem como formatos e tamanhos.
Gostou.
Começou a observar os demais participantes, cada um em seu lugar, todos sentados olhando para a mesma direção. ELA.
ELA, estava em pé, de frente para todos, com um canetão branco na mãe esquerda e rabiscava algumas palavras, que formavam alguns conceitos na tela branca.
A voz, simples e cativante, ia descrevendo características literárias, teorias, histórias e, aqui vem o que importa, apresentando personagens até então desconhecidos. Não para ELA, mas para eles.
Encantou.
Nomes famosos, lidos, filmados, cantados e declamados. Apresentados de tantas maneiras que a reação não poderia ter sido outra.
Despertaram.
A partir deste momento - e no conjunto de tantos outros que se apresentaram naqueles longos e deliciosos meses - o inevitável aconteceu.
Criaram.
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